08.11
IN PUBLIC
11:30 — 13:30
Talk Host
Kieran Long (GB)
Director de Arquitectura e Design do Victora & Albert Museum
Guests
Gavin Grindon (GB)
Investigador Convidado do Victoria & Albert Museum
Mi You (CN)
Artista multi-media, Curadora e Escritora
AGENTS PROVOCATEURS
ALEXANDER VON VEGESACK (DE/FR)
Fundador do Vitra Design Museum
YVES MARBRIER (FR)
Consultor e Curador
09.11
THE QUESTION OF PLEASURE
11:30 — 13:30
Talk Host
Galit Gaon (IL)
Curadora Principal do Design Museum Holon
Guests
Gal Gaon (IL)
Editor de Design e Coordenador do Departmento de Design de Interiores da Holon School of Design
JOVAN JELOVAC (RS)
Fundador e Director Criativo da Belgrade Design Week
AGENTS PROVOCATEURS
BÁRBARA COUTINHO (PT)
Directora do MUDE
MARIA CRISTINA DIDERO (IT)
Directora da Fondazione Bisazza
10.11
INTERIOR vs EXTERIOR
11:30 — 13:30
Talk Host
MATEO KRIES (DE)
Director do Vitra Design Museum
Guests
Jan Boelen (BE)
Director Fundador da Z33
Jan Edler (DE)
Co-Fundador da Realities:United
AGENTS PROVOCATEURS
TIAGO MOTA SARAIVA (PT)
Arquitecto - Ateliermob
JORGE FIGUEIRA (PT)
Professor, Arquitecto e Crítico
A Caixa Geral de Depósitos é o patrocinador exclusivo das Open Talks.
Com o objectivo de encorajar o debate e o pensamento crítico, as Open Talks marcam as manhãs da Semana Inaugural da Bienal com o formato singular lançado em 2005. Um Talk Host modera o diálogo entre criadores, convidados e vários agents provocateurs, numa discussão aberta e plural onde os membros da audiência são convidados a intervir. Abordando questões da actualidade cultural a partir de diferentes perspectivas, estreitam os laços entre o público especializado e crítico e as principais disciplinas configuradoras da contemporaneidade tais como a arquitectura, o design industrial, o urbanismo e o design de comunicação.
Nesta edição, são convidados directores e curadores de instituições culturais, para pensar e discutir o papel que estas têm no pensamento, divulgação e evolução do design.
“Até que ponto o design representa um barómetro para a mudança social, política e Societal? Será possível falarmos de design e arquitectura profissionais como um bem social? E onde devemos procurar o modo como o design afecta a forma de vivemos juntos na actualidade?
O momento em que o design e a arquitectura se uniram num projecto de emancipação social passou, integrando uma parte da história modernista. No entanto, ainda podemos verificar que o design de produto, o urbanismo e a tecnologia representam as disciplinas que manifestam a mudança política.
Pensemos no design industrial e de interacção, ambos presentes nas infra-estruturas ubíquas de segurança e vigilância que definem a esfera pública nas cidades europeias de hoje. Ou na conectividade global que conduz à criação de ferramentas de design digital privadas e supra nacionais (como o Facebook ou o Twitter) que têm um papel central na narrativa pública. Ou até no nascimento da Smart City, um modelo neo-liberal que reduz a cidade a um sistema mensurável. Estas infra-estruturas são design e revelam muito sobre a forma como vivemos na actualidade, no entanto os museus, escolas e publicações de design tratam-nos de forma desigual.
Esta Open Talk junta curadores e praticantes envolvidos na área do design, explorando como este define a forma de vivermos em comunidade. Cada um traz exemplos de como podemos traçar a relação entre design e sociedade, evitando a noção de que os designers devem, de alguma forma, resolver os problemas do mundo para poderem provar a sua relevância nesse mesmo mundo.”
Kieran Long
THE QUESTION OF PLEASURE
About museums, people and common experiences
“As exposições de design e arquitectura requerem que os visitantes demonstrem uma capacidade de leitura ao mesmo tempo conceptual e material, exigindo uma consciência e vontade de utilizar uma nova linguagem: a linguagem do design. Os visitantes que entram em espaços que já conhecem e olham para objectos que já viram são confrontados com um conceito-texto-contexto curatorial que desconhecem. Para estes, parece que a única reação lógica é a de tocar/sentar ou usar. O uso das nossas mãos, juntamente como os nossos outros sentidos, é o comportamento mais seguro e automático nos primeiros momentos em que experienciamos um novo ambiente. Sendo assim, o que é e o que fazemos num museu? Um lugar onde aprendemos coisas novas? Experienciamos algo estimulante? Exploramos novos territórios? Ficaríamos satisfeitos com uma experiência que nos inspira? Apenas expandir as nossas mentes? E como tudo se pode relacionar com o prazer?”
Galit Gaon
INTERIOR VS EXTERIOR
A paradigm change
“O interior é a área que atravessa o design, a arquitectura e muitas outras disciplinas. É um “espaço interior” que reflecte o gosto, necessidades e condição psicológica dos seus habitantes. Por vezes, é desenhado por especialistas – em lojas ou hotéis – mas, por outro lado, o interior privado tem-se tornado uma colagem individual de artigos encontrados, objectos do Ikea, objectos vintage e de uma indústria de lifestyle que tenta moldar o nosso gosto. É invadido por novas tecnologias, pelos média e pela ideia de partilhar o domínio privado com um público digital. Enquanto as fachadas dos média comunicam o interior de um edifício, o espaço exterior adquire cada vez mais aspectos de um ambiente privado, onde podemos trabalhar graças ao W-Lan e passar mais e mais tempo, graças aos lounges dos aeroportos e outras zonas semi privadas-públicas que oferecem todo o tipo de conforto.
Estas realidades levantam questões para designers e arquitectos, e também para uma comunidade criativa mais abrangente: será que o exterior se está a transformar no novo interior? Que necessidades e desejos são reflectidos nos espaços interiores contemporâneos? Como queremos viver e habitar os espaços interiores e exteriores no futuro?”
Mateo Kries