INÊS NEPOMUCENO
Quando o convite é intervir numa janela o primeiro pensamento recai sobre ela e sobre a sua relação com o tema. A ausência de fronteiras (No Borders) é posta em causa pelos próprios limites do suporte imposto.
Um dos textos remete para a história dos media, e para o início do esbatimento das fronteiras proporcionado pelas descobertas marítimas e é uma citação do livro “Operating Manual For Spaceship Earth” de Buckminster Fuller. O segundo texto remete para o naufrágios de um navio que transportava quase 500 pessoas e se incendiou, no dia 3 de Outubro, perto de Lampedusa, na Sicília, Sul de Itália.
O navio transportava refugiados, de origem africana à procura de uma vida.
O tema “No Borders” é ilustrado na ambiguidade que o caracteriza na era contemporânea e no questionamento da abertura de fronteiras. Ao nível da prática do Design estamos a abrir espaço ao confronto e discussão interdisciplinar. Estaremos de facto a abrir as fronteiras geográficas, ou a caminho de uma nova limitação?