A exposição Sidelines justapõe o valor subjectivo de colecções e paixões pessoais e a importância reconhecida dos acervos de instituições culturais. Propomos que comece este programa por um dos museus anfitriões, o Museu de São Roque, no Largo Trindade Coelho – também conhecido por Largo da Misericórdia e/ou Largo do Cauteleiro. Nele encontramos a ricamente decorada e admirável Igreja de São Roque que está anexada ao Museu, integrando no seu património o Tesouro da Capela de S. João Baptista.

Ainda no Largo, recomendamos uma visita pelos alfarrabistas e livreiros antiquários, como a livraria Olisipo que oferece gravuras, estampas, mapas, livros do século XVI em diante e O Mundo do Livro um mini-museu da gravura, fundado em 1941. →

A caminho da exposição Fernando Brízio: Desenho Habitado, na Rua Nova da Trindade, espreite ainda a Livraria Padrão no vão de escada da entrada da Academia de Amadores de Música e Livraria Barateira Ldª que ocupa duas salas que foram do antigo Convento da Trindade.

Suba ao primeiro andar, e entre em Fernando Brízio: Desenho Habitado, que constitui a primeira retrospectiva daquele que é o mais significativo designer português da actualidade. Esta exposição antológica percorre a vastidão do seu trabalho desde 1993 e apresenta vários projectos em diferentes estádios de desenvolvimento e respectivos processos de criação, mas também pormenores do seu percurso pessoal, entrevistas documentais, filmes que o inspiram e diversos livros. →

Sugerimos uma pausa no Royale Café, antes de seguir para o Museu Arqueológico do Carmo o primeiro museu português de Arte e Arqueologia, instalado nas Ruínas da antiga Igreja do Carmo onde pode ver mais uma colecção Sidelines. →

Termine o dia no Antigo Tribunal da Boa-Hora, Lounging Space da EXD’11/Lisboa, um espaço que vibra com energia e criatividade non stop. Verdadeiro coração da bienal este hotspot combina o Cafetaria O Bicaense; Loja EXD’11/Lisboa; Salas multi-uso e ainda inúmeros Tangenciais tornando-o um espaço a redescobrir diariamente durante toda a Bienal. ×

A exposição Sidelines propõe, através de um itinerário por instituições e colecções singulares de Lisboa, uma revisitação do acto de coleccionar: os instintos que estão na origem da escrupulosa busca, recolha e ordenação de objectos particulares e a importância dessa prática para uma construção colectiva do conhecimento.

Assim, propomos começar a visita com uma viagem pelas Artes Decorativas Portuguesas, do século XV ao século XIX, e descobrir as duas colecções Sidelines inseridas no acervo do Museu das Artes Decorativas Portuguesas. →

Seguindo a linha do eléctrico 28, na colina do Castelo de São Jorge o Museu do Teatro Romano, construído nos inícios do séc. I é um testemunho precioso da intensa romanização da cidade de Felicitas Iulia Olisipo e acolhe mais um núcleo Sidelines.

Um pouco mais abaixo, entre na Sé Catedral de Lisboa, um dos mais emblemáticos locais da Capital e a seguir faça uma pausa no Cruzes Credo Caffé, mesmo ao lado da Sé, situado numa antiga loja de balanças. →

Desça em direcção à Baixa Pombalina e no início da Rua Augusta, entre no MUDE para ver a exposição Useless? cujas abordagens curatoriais introduzem escalas alternativas de valor para aferir utilidade ou a sua ausência.

O núcleo curatorial “Useless? Uma Perspectiva Explodida” desafia cada visitante a esboçar a sua definição de “sem uso”. Por outro lado, “Useless? A Dor Errante” centra-se numa crítica incisiva à economia de mercado e seus efeitos constrangedores na produção material, bem como à definição daquilo que tem utilidade.

Pode ainda ver um dos projectos Tangenciais, Introspectiva uma mostra do trabalho do designer português Filipe Alarcão e a projecto especial “Morte ao Design! Viva o Design!”. →

Perca-se nas ruas da Baixa, passando pelo elevador de Santa Justa e acabe este itinerário na Praça da Figueira, onde cinco estúdios de design gráfico foram convidados a criar intervenções urbanas sob o tema Useless.

Termine o dia na mais antiga confeitaria de Portugal, a Confeitaria Nacional. ×

A Fundação Arpad Szenes-Vieira da Silva e a Mãe d’Água das Amoreiras, situadas num antigo bairro operário de Lisboa, recebem a exposição Utilitas Interrupta que examina dezasseis case studies de obras infraestruturais, que por diversos motivos acabaram por não cumprir os seus ambiciosos objectivos, Utilitas Interrupta apresenta projectos outrora celebrados e agora esquecidos que permanecem escondidos à vista de todos, apagados como que por magia da consciência colectiva apesar das suas proporções abissais. →

Siga em direcção ao Largo do Rato, cruzamento de vários caminhos, e siga pela Rua da Escola Politécnica, onde sobressaem vários edifícios históricos: palacetes e palácios, escolas e antigas fábricas, a arquitectura única da cidade.

Sugerimos que adquira nos cafés típicos desta rua algo para comer e faça um pic-nic no Jardim Botânico.

Retomando o programa da Bienal, visite três dos locais Sidelines. Comece pelo Museu Geológico, considerado pelos especialistas, como um “Museu dos Museus”. →

Descendo a Rua do Século, em direcção à Biblioteca Municipal Camões, instalada num antigo Palácio com salas ricamente decoradas, continue o seu percurso pela arquitectura religiosa e civil da capital, entre Conventos, Igrejas, Ermidas, Palácios e Chafarizes. →

Siga até ao Museu da Farmácia, onde poderá ver reconstituições de autênticas farmácias portuguesas desde a antiga botica do séculos XVIII, até à Farmácia Liberal do início do século XX, a par da colecção Sidelines.

Termine o seu dia num terraço com vista sobre Lisboa e margem sul, no bar Noobai. ×